13.9.11

as facetas do Messias

desde a mais tenra idade do mundo, um tema que sempre marcou presença nos mais diversos tipos de assuntos colocados em prática é a religiosidade. o homem sempre tentou entender a amplitude e a totalidade do Sagrado com que se relaciona ou que acredita ser o responsável pela criação do meio em que vive.


dentre as vertentes religiosas existentes, a mais professada por todos é o monoteísmo judaico-cristão. este prega, predominantemente, a existência de um único e indivisível D’us que protege, guia e dirige àqueles que O temem, à luz da trajetória realizada pelo povo hebreu durante várias peregrinações feitas em diversos lugares e a intromissão de diversos povos em seu curso histórico “normal”. consequentemente foi anunciada a promessa de um libertador para livrar a nação santa das provações à qual sofriam. uma profecia que vigorou diversas gerações e encabeçada por inúmeros profetas inspirados e poesias escritas pelos líderes do povo de Israel na terra.

após o prólogo, todo o povo que liderava a religiosidade na Judeia fanatizou a noção da presença Divina e deturpou a existência e a proteção do código de conduta que era a peça chave para a formação da legislação do povo. nesse meio termo surgiu um homem na região que se intitulava o Messias (Mashiach em hebraico) ou Cristo (grego adaptado), em ambos os idiomas, estas palavras têm o mesmo significado: O “Ungido”, que libertaria o povo de aflições. Pregava a paz e o amor ao realizar as mensagens contidas na Torá (O Livro da Lei, ou Pentateuco mosaico). no seu nascimento, vários sinais pré-ditos, como um astro celeste reluzindo e a cidade belém de judá como anfitriã do Mesmo, se cumpriram, mas poucas pessoas presenciaram o nascimento deste que foi o Libertador.

durante o seu ministério de ensinamentos e conselhos ao povo, Jesus (Yeshua, na raiz hebraica original) disse a todos quem era, de onde e por que viera ao mundo. para cumprir a promessa de libertar Israel da escravidão é que viera, não da escravidão da cultura grega ou do domínio romano, e sim para um novo jeito de executar as leis, não que estas estivessem erradas, mas a forma duvidosa, legalista e orgulhosa que a liderança a estava realizando. já que afirmou que não veio para revogar ou invalidar a Lei e sim para cumpri-la.¹ contrariando o que a maioria esperava que fosse alguém para trazer de volta a soberania Israelita perante as outras nações. era filho do D’us vivo e Imutável, e evidentemente, habitava na casa de Seu Pai anteriormente.² No ponto de vista hebreu, o sangue simbolizava vida e perdão. ademais, o sacrifício expiatório apontava para isso. daí a necessidade de um novo sacrifício que resgataria toda a humanidade para a luz.

após a ascensão de Cristo aos ceus, as suas testemunhas tiveram a missão de transportar a mensagem dEle às pessoas que ainda não O conheciam. pessoas como o apóstolo paulo (convertido ao cristianismo por uma cegueira temporária e contato direto com o próprio Jesus) e alguns dos doze discípulos que conviveram com o Mestre, foram quem contextualizaram a mensagem transmitida por Jesus aos habitantes de locais influentes da época. mas, especificamente Paulo, foi o responsável pela idealização do que mais tarde ficou conhecido pela cristandade como a “Santíssima Trindade”.

contra todas as tradições, ele prega a existência de não um, mas dois Seres que assim como o Seu Pai também são dignos de culto. será que esse novo concerto estabelecido pelo apóstolo seria uma blasfêmia ao D’us judaico-cristão que durante tanto tempo testemunhou o unitarismo a sua totalidade como um todo?
o que, na verdade paulo prega é a existência de um só D’us e não três. só que esse D’us, apesar de uno é composto de três peças. um exemplo aplicativo para essa tese está na matemática. a atuação de três deuses é tida por 1+1+1, que resulta em “3”. porém, a  existência do D’us Triúno é evidenciada após a multiplicação de 1x1x1 que tem como resultado “1”. logo, a aplicação que se pode fazer deste exemplo, é a absoluta inter-relação destes três Seres que se completam em um amplo sentido. no cânon bíblico hebraico (antigo Testamento cristão) há fortes indícios da atuação destes três seres. a palavra hebraica Elohim (ao pé da letra, deuses) está literalmente no plural. daí a explicação que fundamenta a frase dita por D’us, o Pai, no princípio: “Façamos o homem à ‘Nossa’ imagem e semelhança”. 4
e quanto à natureza de Jesus Cristo enquanto esteve no mundo? será que a facilidade por ser D’us foi importante em sua abstinência às mazelas apresentadas a Ele?

no evangelho de S. João, é dito que “o Verbo se fez Carne”,5 ou seja, o D’us que antes falava e as coisas aconteciam agora se tornara uma de suas criaturas. Tudo isso foi necessário para possibilitar a execução o plano da redenção planejado. esse plano daria a raça decaída a oportunidade de se salvar, mediante a fé na graça oferecida a eles e a guarda dos mandamentos. os erros cometidos pelos mesmos ante suas escolhas seriam finalmente perdoados e a salvação cogitada novamente. ademais, um Ser que serve de ponte a comunhão com o Pai é diretamente responsável pela intercessão e julgamento daqueles que professam ou não ter fé nEle.

durante a sua vida e ministério Jesus apresentou ao mundo o terceiro Ser  que teria a função de inspiração na comunhão com o Pai e também seria o intermédio para o aprofundamento e relação direta do homem com o Pai. Jesus apresentou este Ser como sendo o Consolador e que atuaria sobre o mundo no período que antecederia Sua segunda vinda ao mundo.6
após um profundo estudo, as evidências comprovam que o Messias, Jesus, sofreu tanto quanto suas criaturas, pois era uma delas e que o papel que tinha como Cristo era restabelecer a essência da Lei, que é o amor. Através deste sentimento chave é que compreenderemos a função que Jesus teve e por que resistiu tentações, como as do deserto da Judeia. assim, esse Ser se fez ao quadrado para vigorar um plano criado com o propósito de remir a todos. ao realizar este afã Cristo partilhou o amor e se tornou conhecedor das duas naturezas, a divina (como parte da criação) e a humana, já que viveu como uma de suas criaturas.

¹ mateus 5:17 ² joão 14: 2 ³ levítico 17:11 4 gênesis 1:26 5 joão 1:1-3,1:14 6 joão 15:26



ps: a utilização de letras maiúsculas em meus textos é empregada somente em nomes que fazem alusão direta ou indireta a D'us.